Dados da corporação ainda apontam que mais de 1700 combates a incêndios florestais foram realizados em 2023 na Bahia
Foto: Bombeiros/Arquivo
Desde que foi lançada a Operação Florestal, em julho deste ano, Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) combateu 239 incêndios florestais ao longo do território estadual até esta quinta-feira (29). Ao Metro1, a corporação ainda detalhou que mais de 1700 combates a incêndios florestais foram realizados em 2023.
Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou ainda que 785 focos de queimadas na Bahia aconteceram entre 1º a 26 de agosto. A situação mais crítica é localizada no oeste do estado, que conta com 506 incidentes.
As ações da corporação acontecem em meio à onda de incêndios em todo o território brasileiro. São Paulo é o estado mais afetado e desde o dia 21 de agosto é acometido por diversos casos similares. Entre os dias 22 e 24 de agosto, o estado registrou 2,6 mil focos de calor, sendo que 81,29% estavam concentrados em áreas utilizadas pelo setor agropecuário.
Com a onda, autoridades suspeitam que os incêndios tenham origem criminosa. Somente em São Paulo, 48 cidade estão em estado de alerta para queimadas. Três pessoas já chegaram a falecer por conta dos incidentes. Além disso, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) chegou a prender 10 pessoas que, propositalmente, colocaram fogo em regiões do estado.
Apesar dos casos no Brasil, o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, Coronel Adson Marchesini, explicou em entrevista à Rádio Metropole, nesta quinta-feira (29), que a maioria das queimadas no estado não são ações criminosas, mas sim devido a condutas irresponsáveis e a própria natureza.
“O que acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro é que realmente tivemos muitas queimadas criminosas. Mas aqui na Bahia, o nosso período de seca florestal é exatamente de junho até dezembro por conta do forte calor, da baixa humildade do ar e da reação da natureza. Agora estamos preparados, estamos com seis bases florestais prontas, com equipamento efetivo, para dar uma resposta rápida. Mas também tem aquela irresponsabilidade de algumas pessoas, como, por exemplo, aqueles que ainda limpam o terreno sem o devido cuidado, que jogam cigarro no meio da estrada achando que nada vai acontecer, que acende uma fogueira”, explicou.
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