Governo dos Estados Unidos advertiu nesta quinta-feira Israel que uma entrada militar em Rafah pode fortalecer o grupo islâmico palestino Hamas

Foto: Divulgação/Forças de Defesa de Israel
No Sul de Gaza, mais de 80 mil pessoas fugiram da cidade Rafah, desde o início da semana, segundo informou a ONU na quinta-feira (9), enquanto tanques israelenses se aproximam da área, alvo de bombardeios constantes. A operação na região começou na segunda-feira (6), quando Tel Aviv ordenou que cerca de 100 mil pessoas saíssem da parte leste de Rafah, ação interpretada como um prenúncio da invasão terrestre.
A ONU também alertou que alimentos e combustível estão se esgotando na região. Segundo Martin Griffiths, coordenador de ajuda emergencial da ONU, militares israelenses tem impedido a entrada ou saída da área após a tomada de passagens de fronteira com o Egito. Segundo a ONU, nenhum caminhão com ajuda humanitária entrou em Gaza entre segunda e quarta.
O governo dos Estados Unidos advertiu nesta quinta-feira Israel que uma entrada militar em Rafah pode fortalecer o grupo islâmico palestino Hamas. A Casa Branca também reforçou sua decisão de não fornecer armas ofensivas ao governo de Israel se a ofensiva contra a cidade prosseguir.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu às declarações, afirmando que seu país enfrentará o Hamas sozinho, se necessário. "Digo aos líderes do mundo que nenhuma pressão, nenhuma decisão de qualquer fórum internacional impedirá Israel de se defender (...) Se Israel for forçada a permanecer sozinho, Israel permanecerá sozinho", disse Netanyahu.
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