Apesar do parecer favorável do sindicato dos professores, muitos alunos se mostraram insatisfeitos com a decisão
Foto: Dário Guimarães/Metropress
Uma Assembleia Geral da Apub, realizada nesta quinta-feira (25), definiu por 210 votos o estado de greve imediata. Foram 130 votos contra. Os próximos passos das mobilizações da categoria ainda estão sendo debatidos na luta por reajuste salarial, reestruturação das carreiras do Magistério Superior e EBTT, e recomposição orçamentária das Universidades e Institutos Federais.
“Hoje, o salário base de professores graduados, em regime de 40 horas semanais nas universidades e institutos federais é R$ 3.412,63, abaixo do piso nacional do magistério, estabelecido em R$ 4.580,57. Valorizar os professores federais é fazer com que a educação, a pesquisa e a ciência sejam os pilares do desenvolvimento do nosso país”, escreveu o sindicato dos professores das instituições federais de ensino superior (Apub)
A Assembleia começou às 14h, no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com as pautas para avaliação das mesas de negociação; mobilizações nacional e local; e consulta pública sobre a greve.
Apesar do parecer favorável do sindicato dos professores, muitos alunos se mostraram insatisfeitos com a decisão. Bruno Sofrozine, estudante de comunicação da UFBA, se mostrou temeroso com a medida e contou ao Metro1 a experiência de greve vivenciada por ele durante o período de graduação e os impactos da paralisação para o fluxo de conclusão dos semestres.
“Eu já estava na UFBA na última greve, mas em outro curso. Se não me engano, foi em 2015 ou 2016. Normalmente, quando a greve dura pouco tempo, o semestre só fica pausado e eles retomam de onde pararam. Mas essa de 2015 demorou bastante e tiveram de cancelar o semestre. O impacto no calendário acadêmico durou anos. Só conseguiram regularizar em 2018. Nesse meio tempo, a gente quase não tinha férias. Tinha aula até em janeiro”, relatou Bruno.
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