Segundo o Ministério Público Militar, as vítimas relataram que o coronel, chefe de uma unidade em Brasília, fazia "abraços inconvenientes"
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
A Justiça Militar absolveu na quinta-feira (18) um coronel acusado de assediar sexualmente seis oficiais mulheres. O Conselho de Justiça formado por quatro homens e uma mulher entendeu, por 4 a 1, que não havia provas contra o coronel da reserva José Arnaldo do Nascimento. O Ministério Público Militar afirmou que vai recorrer da decisão ao STM (Superior Tribunal Militar).
Segundo o Ministério Público Militar, as vítimas relataram que o coronel, chefe de uma unidade em Brasília, fazia "abraços inconvenientes, apertos de mãos diferenciados e 'pegajosos', toques no queixo, nos braços e nos seios, com a desculpa de 'ajeitar' a tarjeta de identificação".
Procurada, a defesa do acusado não se pronunciou. No processo, os advogados dele apontaram ausência de provas cabais ou evidências que corroborassem os relatos das militares. Alegaram ainda que as denúncias eram "falsas acusações" feitas como retaliação por investigação que o oficial conduzia sobre supostas fraudes na gestão anterior da unidade.
Os casos citados se referem ao período entre 2017 e 2018 em Brasília, quando o coronel chefiou o GAP-DF (Grupamento de Apoio ao Distrito Federal), unidade que concentra as licitações e distribuição de material para as organizações militares da capital federal e seu entorno. Ele pediu a aposentadoria cerca de três semanas após ser alvo de registro de ocorrência na polícia.
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