Com 40 membros efetivos e eternos, só há a renovação de quem ocupa a cadeira quando um dos acadêmicos falece
Foto: Reprodução/Agencia O Globo
A historiadora e antropóloga, Lilia Moritz Schwarcz, foi selecionada para ocupar a 9ª cadeira da Academia Brasileira de Letras, nesta quinta-feira (7). Anteriormente, a posição era ocupada pelo diplomata, poeta e também historiador Alberto da Costa e Silva, que faleceu em 2023.
A vigente Visiting Professor em Princeton, atestou seu favoritismo com uma votação de 24 votos, ultrapassando o diplomata e escritor Edgar Telles Ribeiro. A professora sênior do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, ainda contou com duas abstenções de voto.
Nascida em 1957, em São Paulo, Schwarcz possui uma vasta experiência e produção acadêmica, com mais de 30 livros publicados. Ao longo de sua carreira, a historiadora tratou de temas como a história do Brasil colonial, escrevidão, cultura popular e as questões raciais.
Em 1999, seu livro "As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos" conquistou o prêmio Jabuti de Livro do Ano. Além disso, Schwarcz dirigiu a coleção "História do Brasil Nação em seis volumes" (Objetiva/ Fundação Mapfre), sendo três deles indicados para o Jabuti.
"Um trauma que o Brasil precisa enfrentar é a questão racial [...] Enquanto parte da sociedade brasileira tiver uma imaginação europeia, se perceber tão francesa, tão norte-americana, enquanto não introduzirmos o ensino sobre a África (nas escolas), não nos resolveremos", disse em entrevista ao Globo.
As suas obras mais recentes são "Sobre o autoritarismo", "Quando acaba o Século XX" e "A Bailarina da Morte: A Gripe Espanhola no Brasil", publicados respectivamente em 2018, 2019 e 2020.
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